Os Rosa-Cruzes são determinados pelo que eles são em seus corações e não pelas organizações à qual pertençam.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Capítulo R+C Cabo Frio - AMORC: Programação de Atividades - Agosto e Setembro (Todos os Sábados)

Programação de Atividades: Capítulo R+C AMORC - Cabo Frio
Agosto e Setembro (Todos os Sábados)

Dia 09/10
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Pronaos
com a mensagem “Ser Rozacruz”.

Dia 16/10
18h – Abertura do Capítulo
19h – Convocação Ritualística: Pronaos
com a mensagem “Credo Rosacruz – vivenciando
uma voz interior”.
20h – Reunião administrativa

Dia – 23/10
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Pronaos
com a mensagem “Saber sobre Deus”

Dia – 30/10
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Templo
com a mensagem “Celeiro de Ideais da
Semeadura Cósmica”

Dia – 06/11
18:30h – Meditação Aberta ao Público
19h – Palestra aberta ao Público
“Meritocracia para todos” Com o Diocesano: Dom
Álvaro Francisco da Rosa da Igreja
Católica Apostólica Brasileira – Cabo Frio
20:30 – Chá Místico (colaborem)

Dia – 13/11
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Pronaos
com a mensagem “Um Prisioneiro das Trevas”

Dia – 20/11
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Pronaos
com a mensagem “A Jornada da Alma à Luz das
Sete Fases de Serviço no Sanctum Celestial”

Dia – 27/11
18h – Abertura do Capítulo
19h - Convocação Ritualística: Templo
com a mensagem “O Jardim Cósmico”

domingo, 15 de agosto de 2010

Capítulo Rosacruz Cabo Frio – AMORC


Reuniões e informações: Através dos contatos. E-mail: rosacruzcabofrio@gmail.com e Tel (22) 8823-7242.


End: Rua Rosacruz (antiga Rua Cuba), 180 Nautilus I – Cabo Frio – RJ,  Caixa Postal, 111612, CEP 28.905 - 970.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Rosacruzes: Os Guardiães do Conhecimento Secreto

A fraternidade mística que tem suas raízes no antigo Egito e se espalhou pelo mundo pregando a busca da sabedoria, a tolerância religiosa e a harmonia entre os homens.


Poucas sociedades precisaram tanto do segredo para sobreviver como a Rosacruz. Na Idade Média, enquanto a Inquisição queimava na fogueira quem ousasse questionar os dogmas católicos, os integrantes da confraria se reuniam secretamente afim de penetrar nos mistérios religiosos mais profundos. Para isso, recorriam a fontes diversas: Gnosticismo (do grego "gnosis", que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico a "episteme" dos gregos, mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria.), Cabala (misticismo judaico), Esoterismo islâmico, Filosofia, Mitologia egípcia, Astrologia e Alquimia.

Era com esse repertório tão vasto que os Rosacruzes acreditavam ser possível sair das trevas da ignorância e caminhar rumo à Luz da sabedoria. Diziam que o autoconhecimento era a chave para a “paz do indivíduo” e, a partir dela, para o bem-estar da humanidade. Até hoje, os grupos herdeiros da Rosacruz original pregam a tolerância religiosa, a harmonia e a paz.

Não faltam teorias para a origem da Ordem. Michael Maier apresentou em sua obra Silentium post clamores (1617) a origem do rosacrucianismo como egípcia, bramânica, oriunda dos mistérios de Elêusis e da Samotrácia, dos magos da Pérsia, dos Pitagóricos e dos árabes.

Para alguns pesquisadores a Ordem foi criada no Antigo Egito e sua fundação remontaria às antigas escolas de mistérios egípcias, há 3.361 anos. É tido como fundador da tradição Rosacruz o faraó Tutmés III, da XVIII dinastia, por volta de 1350 a.C. Teria o faraó fundado uma fraternidade secreta, com o objetivo de estudar os mistérios da vida. A Rosacruz ainda não se auto denominava assim, sendo oficialmente estabelecida em El Amarna pelo faraó Amenhotep IV, conhecido também como Akhenaton. Já outra teoria é que a fraternidade teria sido fundada em Alexandria, no ano 46, quando o sábio gnóstico Ormus e seus seguidores foram convertidos ao cristianismo. Outros afirmam que a Rosacruz surgiu no século XVII, no vácuo da Reforma Protestante onde o rosacrucianismo seria um prolongamento da Militiae Cruciferae Evangelicae evocada por Simon Studion e seu colaborador Dr.John Dee no Cruce Signandorum Conventus realizado em 27 de julho de 1586 em Luneberg, Alemanha, com o apoio de certos príncipes protestantes alemães, das Coroas da França e Navarra, de Henrique IV, rei da Dinamarca e da rainha da Inglaterra Elizabeth I. O propósito da M.C.E. naquele tempo foi ativar os vestígios sobreviventes da Ordem do Templo de Jerusalém (os Cavaleiros Templários) e da Ordem Rosae Crucis para concretizar as práticas e os ensinamentos doutrinários místicos e espirituais de ambas, apresentando-os a um mundo à beira da crise religiosa (Reforma Protestante).

De acordo com a lenda mais popular, seu fundador foi Christian Rosenkreuz.

Nascido na Alemanha em 1378, às margens do Reno, filho de pais pobres, porém com origem nobre. Aos seis anos foi levado para uma abadia secreta onde aprendeu grego, latim, hebraico, matemáticas e magia. Aos 16 anos, partiu em peregrinação para a Terra Santa, porém, circunstâncias o prenderam em Damasco, local onde conheceu alguns sábios que lhe ensinaram seus conhecimentos. Confiando-lhe os segredos da natureza, levaram-no à sua "Cidade Filosófica", onde passou três anos. A seguir, percorreu a Síria, o Líbano, o Marrocos e o Egito, onde foi conduzido ao conhecimento supremo, recebendo o título de "Adeptat". Passando, a partir de então, a ser conhecido como: "O Pai".

Recebeu a missão de comunicar a toda a cristandade a sabedoria que era possuidor e de fundar uma sociedade secreta. Para isto recrutou três fiéis companheiros: frater G.V.; frater I.A. e frater I.O. Eles juraram lealdade e redigiram, sob a sua orientação, alguns escritos fundamentais. Juntos construíram a Spiritus Sanctum (“Casa do Espírito Santo”), onde celebraram seus rituais secretos, curaram os doentes e consolaram os desesperados.

Sete anos depois, o Pai recrutou novos companheiros, constituindo assim, a "Fraternidade".

Estes novos irmãos partiram em missão pelo mundo, mas anualmente, reuníam-se no Templo secreto do Espírito Santo.

Em 1484, o Pai (CRC), com 106 anos, morreu. Cento e vinte anos depois, o local onde foi sepultado Christian Rosenkreuz foi encontrado por seu sucessor, o Imperator N.N.
                                                                                         
                  

Essa descoberta iniciou um novo ciclo de atividades da Ordem Rosacruz, agora sob a liderança do teólogo e pastor luterano alemão, Johann Valentin Andreae e do político, filósofo e ensaísta inglês Sir Francis Bacon. Nessa época foram publicados 3 manifestos que mencionaram a Ordem pela primeira vez: Fama Fraternitatis Rosae Crucis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz (1616). Os textos tiveram enorme impacto entre os europeus e não demorou para que os rosacruzes agora conhecidos como “Os Invisíveis” se espalhassem pelo Velho Mundo.


Irenaeus Agnostus, em Le Bouclier de La vérité (A Égide da Verdade - 1618), não hesitou em apresentar Adão como o primeiro representante da Ordem. Os manifestos Rosacruzes não deixaram de fazer referência à sua fonte: “Nossa filosofia não é nada de novo, é consoante com a que Adão herdou após a Queda e que foi praticada por Moisés e Salomão”

Para as fraternidades modernas herdeiras da Rosacruz original, não importa se Rosenkreuz realmente existiu. O importante é o valor simbólico dessa história. Suas andanças pelo mundo, incorporando elementos de várias tradições, aludem à chamada Religião Universal da Sabedoria ou apenas “Tradição Primordial”. Ser cristão, por exemplo, iria além de seguir a figura bíblica de Jesus: faria parte da busca do conhecimento oculto e esotérico. Esta noção surgiu na Renascença. Nessa época foi redescoberto o Corpus Hermeticum, uma coletânea de textos misteriosos atribuídos a um sacerdote egípcio, chamado Hermes Trimegisto.

Dê uma boa olhada na ilustração abaixo. Você verá que o símbolo do 18º grau da maçonaria é o Cavaleiro Rosacruz. Não se trata de mera coincidência: nos séculos XVII e XVIII, maçons e rosacruzes trocaram muitas informações. Eles buscavam uma sociedade tolerante, livre de dogmas e que pudesse se aperfeiçoar à medida que os homens ficassem mais sábios. A estrutura das duas fraternidades também era similar. Mas havia diferenças importantes: a Ordem Rosacruz enveredava pelo cristianismo e por caminhos místicos, enquanto a maçonaria se guiava pelo pensamento racional.


Segundo a pesquisadora, Sylvia Browne, autora do livro Sociedades Secretas “ A Ordem Rosacruz contava com o Colégio dos Invisíveis, espécie de fonte de informação por trás do movimento. Seus integrantes acreditavam que o significado do Universo estava explicado no símbolo da ordem.Como a flor que brota no meio da cruz, os seres humanos deveriam desenvolver a capacidade de amar de forma irrestrita, compreender as leis que regem o mundo e o universo e agir por meio da intuição e da inteligência amorosa do coração.”


Hoje, diversas organizações se declaram descendentes da confraria inicial. Em Cabo Frio, temos um Capítulo da Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC) em pleno funcionamento desde a década de 70, e dois outros grupos em formação: A Confraternidade Rosacruz (CR+C) e a Ordo Militiae Cruciferae Evangelicae (OMCE).

Referências:


REBISSE,Christian. Rosa+Cruz: História e Mistérios.Curitiba.1° Ed. Difusion Rosicrucienne.2004. 452p

A TRILOGIA dos Rosacruzes, In: Charles Veja Parucker F.R.C. 1° Ed

Curitiba. Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa.1998. 315 p.

Links Pesquisados:

http://super.abril.com.br/cultura/rosacruz-guardiaes-saber-oculto-447850.shtml

http://pt.wikipedia.org/

http://www.omcesite.org/portuguese/index.htm

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A História da F.U.D.O.S.I.




Federação Universal de Ordens e Sociedades Iniciáticas

Em Junho de 1908, sob a inspiração do Grão Mestre Gerard Encausse (Papus), com o auxilio do Grão Mestre Victor Blanchard, se organizou em París, um Congresso Espiritualista com o fim de reunir num foro comum, os representantes de distintas Tradições Iniciáticas (FUDOSI).



Papus era então Grão Mestre da Ordem Martinista, e tinha altos cargos em muitas outras organizações Iniciáticas de tradições Rosacruzes, Martinistas, Maçônicas, Iluministas, etc. Este Congresso Espiritualista contou com Paul Veux como Secretario, e ao Monsieur Chacornac como Tesoureiro.



O Congresso se levou a cabo durante as semanas de 7 à 19 de Junho de 1908 no "Palácio das Sociedades Sabias", no nº 8 da rua Danton. Distintas publicações esotéricas, tais como "O Véu de Isis", o "Periódico do Magnetismo", e "A Iniciação" se dedicaram a chamar a atenção sobre a idéia primordial deste Congresso, que era o de reunir pela primeira vez as Ordens Iniciáticas que, mesmo diferindo em suas técnicas, coincidiam na elevação da alma do ser humano.



Este Congresso reuniu a Ordem Martinista, a Ordem Cabalística da Rosa Cruz, o Rito Maçônico de Misraim e outras fraternidades, constituindo um Secretariado na cidade de París. Lamentavelmente, este Secretariado não pode funcionar por muito tempo, devido a Primeira Guerra Mundial de 1914. Pior ainda, o motor e líder do Secretariado, o Grande Mestre Papus, falecia em 1916 devido a tuberculoses que o atacou no campo de batalha.



APÓS A PRIMERA GUERRA MUNDIAL

Logo depois da morte de Papus, o Grande Mestre Victor Blanchard tentou manter aquilo que havia sido começado. Para isso ele se colocou em contato com Emille Dantinne (Sar Hieronymus), que era o Imperador da Ordem Rosacruz da Europa, e lhe propos o estabelecimento de uma associação mundial de todas as organizações de caracter espiritual e iniciático. Desta maneira, largas negociações se realizaram entre os anos 1930 e 1934 entre os dignitários de diversas Ordens e Fraternidades, entre outras, com o responsável da Ordem Rosacruz da América do Norte, o Dr Harvey Spencer Lewis (Sar Alden), quem sugeriu no transcurso de uma viajem a Europa, a criação de um corpo organizativo que defenderia as sociedades místicas reconhecidas como autênticas.



Em 11 de janeiro de 1933, o Grande Mestre Jean Mallinger, aconselhado pelo Grande Mestre Francois Wittemans, escreveu ao Imperador H. Spencer Lewis da AMORC: "Nos sentimos muito honrados de poder afiliar-nos à eminente Ordem Rosacruz, da qual você é o chefe e o Guia...Nos sentiremos muito honrados de poder colaborar com as atividades da AMORC.



Sob a liderança de Sar Hieronymus se organizou um Congresso na cidade de Bruxelas, Bélgica, durante a semana de 8 a 17 de Agosto de 1934. As catorze ordens e sociedades representadas foram as seguintes:



1) Ordem Da Rosa+Cruz Universal

2) Ordem Da Rosa+Cruz Universitária

3) Ordem Pytagórica

4) Ordem Martinista E Synárquica

5) Ordem Rosacruz A.M.O.R.C.

6) Ordem Martinista Tradicional

7) Igreja Gnóstica Universal

8) Sociedade De Estudios e Investigações Templarias

9) Ordem Kabalística Da Rosa+Cruz

10) Ordem De Estudos Martinistas

11) União Synárquica Da Polonia

12) Ordem Da Milicia Crucífera Evangélica

13) Sociedade Alquímica De França

14) Ordem Da Lys e Da Águia



Depois de 1934, outras convenções confidenciais se levaram a cabo. Em 13 de agosto de 1939 a FUDOSI se reuniu para tratar o tema da FUDOSFI, organização similar e antagônica liderada por Swinburne Clymer, diretor da Fraternitas Rosae Crucis. A Segunda Guerra Mundial que começou em Setembro de 1939 impediu que estas ordens e fraternidades colaborassem ativamente, assim pagando o preço de extremas dificuldades e perseguições do regime Nazista.



APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Em 1946 se realizou um grande conclave outra vez em Bruxelas, com a presença de inúmeras Ordens Iniciáticas. Se transmitiram sublimes mensagens de paz e luminosa esperança pela reconstrução do mundo que emergia da espantosa guerra. Durante este conclave se tratou da necessidade de dirigir em todos os países as Ordens Martinistas e reempossar o muito ilustre Grão Mestre Agustin Chaboseau, falecido em 2 de janeiro de 1946.



Em 14 de agosto de 1951 os Imperadores Graõs Mestres da FUDOSI se reuniram pela última vez. Ficaram plenamente satisfeitos, reconhecendo que a meta da Federação se havia alcançado. Se preparou uma proclamação que foi firmada pelos dignitários executivos da FUDOSI e se anunciou oficialmente a dissolução da citada organização.

O NOME DA FEDERAÇÃO

O nome adotado pelos congressistas foi, em língua francesa, o de "Federation Universelle Des Ordres Et Societés Iniciatiques", e em latim de :"Federatio Universalis Dirigen Ordines Societatesque Initiationis", cujas siglas deram lugar à popular FUDOSI.



A abertura e o fechamento de cada sessão do congresso implicava em que todos os oficiais, legados ou representantes, levassem suas regalias, pompas ou insígnias de sua função e que tiveram lugar diferentes saudações e formas de proceder ritualisticas, participando de toda uma serie de iniciações. A maior parte dos oradores e de todos os dirigentes da convenção eram homens que desempenhavam altas e importantes posições em seus diferentes países, já foram em instituições de educação, tribunais de justiça e professores, homens e mulheres.



Este grande conclave internacional foi uma ocasião de excepcional contato entre alguns dos representantes visíveis da Grande Irmandade Branca, por intermédio de seus mais altos oficiais, Imperadores, Hierofantes, Grãos Mestres e membros dos Conselhos Supremos. Entre os oradores da reunião estava Fr. Wittemans, membro do Senado belga, e autor de una importante obra sobre a tradição Rosacruz, denominada "Nova e Autêntica Historia dos Rosacruzes".

SIMBOLOGIA DO EMBLEMA DA FUDOSI

O símbolo da FUDOSI foi desenhado pelo Imperador Spencer Lewis da AMORC e aprovado pelos restantes congressistas. Representa o ovo místico, que no Egito guardava em seu seio todos os mistérios. Leva em seu centro os dois imãs bipolares representando os dois hemisférios unidos em uma mesma fraternidade espiritual. O emblema agrupa em seu centro um triângulo e um quadrado inacabados, já que todas as iniciações tradicionais, longe de combaterem-se, se complementam admiravelmente para dar ao neófito uma luz única. No meio, a cruz representa a corrente cristã da iniciação, como o quadrado simboliza a iniciação helênica, e o triângulo a Iniciação Martinista.



NOSTALGIA DA FUDOSI

A FUDOSI não existe mais; sem embargo, seu espírito imortal assim segue iluminando porque ela representa um momento fugaz na historia do Esoterismo (1934 a 1951), durante o qual a Grande Loja Branca do Cósmico teve sua contraparte no mundo material, representada pelos mais altos dignitários.



Por quê atrai imediatamente a atenção dos estudantes a menção da FUDOSI? Que misterioso influxo produz esta palavra no coração dos Iniciados? É que ela mostra a Irmandade que existiu uma vez sobre a terra entre distintas fraternidades, e os Iniciados, anelam nostalgicamente essa idade de Ouro de congressos esotéricos e conventículos espirituais que mostraram brevemente que: OMNIA AB UNO – Tudo Provém do Um!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Os Gnósticos.






Os primeiros Cristãos são chamados atualmente de Gnóstico, ou o povo que sabe. Os Gnósticos eram místicos, quero dizer, eram pessoas que sentiam que poderiam ter algum tipo de acesso direto a Deus...





Gnosticismo, tem por origem etimológica o termo grego "gnosis", que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos), mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, maravilhosa e crística, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.






Sobre os Gnósticos (Retirado do Evangelho de Judas)






Sobre os Gnósticos 2 - (Retirado de "Os Rivais de Jesus")







sábado, 9 de janeiro de 2010

Marco Antonio Coutinho - Experiências Fora do Corpo



Marco Antônio Coutinho

Marco Antonio Coutinho nasceu no inverno de 1952, na cidade de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, Brasil. É jornalista, tradutor e escritor, tendo trabalhado também como redator publicitário e produtor cultural. Engajado na demanda espiritual desde a infância, buscou mais tarde os portais da iniciação, e foi admitido em alguns cenáculos tradicionais. Suas buscas conduziram-no, posteriormente, à pesquisa da esfera psíquica da existência, que ele distingue das vivências especificamente espirituais.


Interessou-se particularmente pelas experiências fora do corpo, as EFCs, que considera como um instrumento de extrema utilidade para se viver a espiritualidade, mas não necessariamente a espiritualidade ela mesma.

Primeira parte da entrevista do pesquisador Marco Antonio Coutinho no Programa Sem Censura de 21/05/2008.


Segunda parte da entrevista do pesquisador Marco Antonio Coutinho no Programa Sem Censura de 21/05/2008.


sábado, 2 de janeiro de 2010

À Conversa com... Raymond Bernard



Raymond Bernard nasceu no dia 19 de Maio de 1923, na região de Isère, na França. Formou-se em Direito pela Faculdade de Grenoble, e desde cedo se ligou ao misticismo e à Tradição. Perpetuador de grandes tradições ocidentais, desempenhou nestas cargos da mais elevada responsabilidade. Foi autor de diversos livros de cariz esotérico e iniciático, entre os quais: Encontro Secreto em Roma, Encontros com o Insólito, O Império Invisível, O Corcunda de Amsterdão, e As Mansões Secretas da Rosa Cruz.


Com o tempo, Raymond Bernard delegou as suas funções para os mais novos, afastando-se de todas as actividades exteriores. Dedica hoje os seus dias à meditação e ao estudo, e procura a paz e o repouso, na companhia da sua adorável esposa Yvonne.



Um encontro... insólito?




Foi nos arredores de Paris, na sua residência, que fomos encontrar Raymond Bernard. Fomos agradavelmente recebidos num encontro que, de certa forma, também ele foi insólito... Insólito pois não é todos os dias que temos o privilégio de encontrar uma pessoa como Raymond Bernard, que marca pela sua humildade, e cuja sabedoria só é tão grande quanto a sua simplicidade. É a marca dos Sábios...

Conversámos acerca da situação difícil que o mundo atravessa, acerca do propósito da cavalaria, e claro, do papel de Portugal neste novo milénio, bem como do Futuro... a Nova Era.



A situação actual do mundo



Lusophia – O que pensa da situação actual do mundo?



R.B. – A situação actual do mundo é, evidentemente, o problema fundamental de uma modificação terminal de uma Era para uma Era nova, na qual, em princípio já nos encontramos, mas que não está completamente instalada.

Esta situação é difícil, é uma adaptação, não apenas de um continente, mas do mundo inteiro. E se repararmos no que se passa, não podemos dizer que as coisas acontecem apenas num lugar determinado.

Antigamente, no Passado, na Era que terminou, havia guerras, dificuldades, que se resolviam sempre através de conflitos armados. Na Era actual, já não existem verdadeiras guerras, no sentido que era atribuído a esta palavra no Passado, apesar de haver sempre lutas por parte de certos grupos em relação a outros. Mas no tempo actual, o enorme problema com que se debate a humanidade, é o terrorismo, que é uma forma de guerra total, porque o terrorismo atinge qualquer lugar em qualquer momento. E aqueles que são conhecidos como opositores de uma certa situação e que, desta forma, se agrupam para cometer os actos, vão causar sofrimento não apenas aos estados, mas também às populações, às famílias, e aos seres individualmente.

E tudo isto forma o tempo difícil em que nos encontramos e que deverá, necessariamente terminar dentro de algum tempo. Mas ainda estamos neste período de dificuldades.



Lusophia – Podemos considerar que existe um paralelismo entre a Idade Média e os nossos dias?



R.B. – Em graus extremamente diferentes, sim. Em graus diferentes, não apenas no tempo, mas igualmente do ponto de vista da civilização, do ponto de vista da compreensão. Mas se olharmos para os próprios actos, são idênticos, com meios muito mais avançados, meios mais avançados em comparação com o que já foi e não no sentido do avanço da civilização. As coisas são diferentes, mas os meios utilizados são sempre os mesmos.







A Cavalaria do III milénio – A Cavalaria Espiritual



"A Cavalaria deve ser, em primeiro lugar, uma testemunha. (...)
É preciso agir, não apenas como exemplo, mas intervir quando é preciso."



Lusophia – No Passado, os cavaleiros galopavam a cavalo, e estavam armados de espadas... Pensa que é possível manter o ideal de cavalaria no início deste século?



R.B. – Com certeza. Os ideais não são relativos a um determinado tempo. São permanentes, eternos, embora compreendidos de forma diferente, captados de forma diferente. Mas, na realidade, são sempre os mesmos ideais, os mesmos grandes princípios. E a partir do momento em que estes grandes princípios sejam aplicados, a Terra tornar-se-à um lugar paradisíaco, um paraíso. Mas ainda estamos longe disso, porque os homens, mesmo apesar do avanço desde há tanto tempo, não trouxeram grandes progressos. Houve-os em relação a uma civilização materialista. Há meios que foram utilizados e que ainda o são, e haverá outros, e os tempos que se aproximam serão mais avançados ainda, mas do ponto de vista da própria civilização, da grande compreensão à qual o homem aspira, as coisas ainda não chegaram a bom termo. Tudo é conduzido por baixas paixões, por dinheiro, pela necessidade de bens, pela luta de interesses, e dito de outra forma, por numerosas manifestações do egotismo e do egoísmo também.



Lusophia – Na sua opinião, qual é o papel da Cavalaria Espiritual na Nova Era?



R.B. – O seu papel é o mesmo que no Passado. A Cavalaria deve ser, em primeiro lugar, uma testemunha. Os grandes valores, a realidade, as grandes qualidades da cavalaria estão lá e presentes, mas por outro lado, não chega estarem presentes. É preciso agir, não apenas como exemplo, mas intervir quando é preciso. E isto é extremamente importante.

A Cavalaria, os seus objectivos, não mudam nunca. Revestem-se de novos termos, mas mantêm-se os mesmos. E a grande via, a grande, grande via da Cavalaria, a que contém todas as outras possibilidades, todas as outras regras, foi exprimida uma única vez através de termos muito claros “Amai-vos uns aos outros”. Porque, todas as dificuldades com que nos deparamos são devidas ao facto das pessoas não se amarem umas às outras.

Fala-se do egoísmo, do amor do poder, do amor pelo dinheiro, que é exactamente o oposto da regra que queria que os homens se amassem uns aos outros.

A humanidade forma uma unidade através da qual esta regra fundamental é aplicada.







Portugraal... o País-Templo



"Portugal deve manter-se uma via no mundo actual."



Lusophia – Podemos dizer que Portugal é um país nascido dentro dos ideais de Cavalaria, com os Templários que tiveram um papel muito importante na sua formação. Pensa que Portugal terá um papel a desempenhar nesta Nova Era? Há muitas pessoas que falam do V Império. O que pensa acerca disto?



R.B. – Sempre considerei Portugal como O País, desde que está formado como o conhecemos actualmente, quer dizer, Portugal tal como o conhecemos. E ainda poderíamos procurar no passado esta mesma verdade. Sempre considerei que Portugal era um local de Testemunho e de Luz, não apenas o porto de Paz, mas também de Tradição, o local de uma morada onde estão guardados os bens mais preciosos, por aqueles que têm de os guardar. Falo, naturalmente, dos portugueses e daqueles que se lhes juntam com sinceridade, daqueles que vêm a este país com amor por ele. E Portugal, sempre o disse, durante anos e anos em que tive responsabilidades exteriores, Portugal mantém-se esse lugar santo onde devem estar e onde serão guardados os grandes princípios que formam aquilo a que se chama, sob um termo que é, penso eu, restritivo, o V Império, quer dizer, o estado mais evoluído que a Terra conhece ou virá a conhecer. Aqui está o que eu queria dizer sobre este assunto.







O Futuro...



Lusophia – E o Futuro?



R.B. – O Futuro? O Futuro está nas mãos dos homens. É preciso que os homens tomem consciência daquilo que são. Existem as grandes vias que se elevam no mundo actual, seja qual for o lugar, quaisquer que sejam as responsabilidades, sejam elas religiosas, culturais ou científicas. Mas essas grandes vias ainda não estão suficientemente compreendidas e voltamos sempre à ideia de que existe um lugar onde estas vias têm mais significado, em relação ao futuro, do que deve ser instalado, do que falámos há instantes, de Portugal. E Portugal deve manter-se uma via no mundo actual, uma via que testemunha, que não dá um aviso, mas que relembra os grandes e verdadeiros princípios. E há muito respeito, bastante respeito no mundo em relação a Portugal.







"Todas as dificuldades com que nos deparamos
são devidas ao facto das pessoas não se amarem umas às outras."



É preciso não esquecer a missão que Portugal desempenhou no passado. Portugal foi, no Passado, o grande - e emprego este termo com um sentido nobre - o grande colonizador no mundo. Foi ele que levou para o exterior o conhecimento dos grandes valores do tempo actual e depois, como alguém que cumpriu a sua função, que pensa tê-la bem cumprido, regressou a casa, tranquilamente e está à espera, está lá e observa. Penso que os portugueses deviam aperceber-se disso. Penso que, certamente, se apercebem disso.



Alexandre Gabriel
Tradução do Francês por Ana Maria Oliveira